EU LIVRO

Quando eu morrer me transformem em papel

Pode ser daquele bem barato e amarelado

Mas, que sirva ainda pra ser escrevinhado.

Não ligo, se assim eu não puder entrar no céu

Nessa nova fase ser seduzido pela caneta

Deixando a tinta ao meu corpo se integrar

Gestando rabiscos, palavras, versos e rimar

Como a metamorfose que pari as borboletas

E nas linhas escritas no leitor hoje suporte

O saber em meu corpo poder ser escrito

E assim, disseminado, essa partida conforte.

Com o portar do conhecer libertando meu espírito

Somente dessa forma venceria eu a morte

E esse início sim, seria o fim dito bonito

Lino Sapo
Enviado por Lino Sapo em 08/04/2016
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