EU LIVRO
Quando eu morrer me transformem em papel
Pode ser daquele bem barato e amarelado
Mas, que sirva ainda pra ser escrevinhado.
Não ligo, se assim eu não puder entrar no céu
Nessa nova fase ser seduzido pela caneta
Deixando a tinta ao meu corpo se integrar
Gestando rabiscos, palavras, versos e rimar
Como a metamorfose que pari as borboletas
E nas linhas escritas no leitor hoje suporte
O saber em meu corpo poder ser escrito
E assim, disseminado, essa partida conforte.
Com o portar do conhecer libertando meu espírito
Somente dessa forma venceria eu a morte
E esse início sim, seria o fim dito bonito