Inumação
Os galhos da árvore ressequida,
Onde fora uma copa verdejante,
Elevam-se aos céus, suplicantes,
Ávidos pel'último sopro de vida.
Nas ramadas de fímbrias retorcidas,
Ao seco açoite do vento lancinante,
Ao lume severo do sol causticante,
Inflamam-se mui dolorosas feridas.
Já não emprestam sombra ao passante,
Não favorecem mais o velho viandante,
Que os tinham como pouso e guarida.
Agonizam, em estertores cruciantes,
Tombam qual moribundos retirantes,
E tumulam-se na poeira amarelecida...
Os galhos da árvore ressequida,
Onde fora uma copa verdejante,
Elevam-se aos céus, suplicantes,
Ávidos pel'último sopro de vida.
Nas ramadas de fímbrias retorcidas,
Ao seco açoite do vento lancinante,
Ao lume severo do sol causticante,
Inflamam-se mui dolorosas feridas.
Já não emprestam sombra ao passante,
Não favorecem mais o velho viandante,
Que os tinham como pouso e guarida.
Agonizam, em estertores cruciantes,
Tombam qual moribundos retirantes,
E tumulam-se na poeira amarelecida...