Degredo
No ombro extenuado do solo penso
Arrasta-se a multidão, vai desvairada,
Desgraçadamente presa, arraigada
A processo mui obscuro e extenso.
Mais leve que a despedida d’alvo lenço
Adeja a gaivota... alva... alheada...
Risca incisões no céu de tez desbotada,
Grava sinais d’angústia no véu suspenso.
Das vagas a avidez de furor imenso
Aporta à terra tristonha, desalentada,
Tombada por iniquidade desprezível...
E o ser de olhar irascível e pretenso
Sopra forte a cupidez esfomeada
No seio duma nação irreconhecível...
No ombro extenuado do solo penso
Arrasta-se a multidão, vai desvairada,
Desgraçadamente presa, arraigada
A processo mui obscuro e extenso.
Mais leve que a despedida d’alvo lenço
Adeja a gaivota... alva... alheada...
Risca incisões no céu de tez desbotada,
Grava sinais d’angústia no véu suspenso.
Das vagas a avidez de furor imenso
Aporta à terra tristonha, desalentada,
Tombada por iniquidade desprezível...
E o ser de olhar irascível e pretenso
Sopra forte a cupidez esfomeada
No seio duma nação irreconhecível...