Ouço Cazuza e Caetano
Ouço Caetano como quem ouve a alma.
Minha alma, por vezes se perde no sexo,
mas não no meu, nem no dela. Na nudez.
A nudez das palavras aos olhos dos sons.
Essa suruba multimídia. O grito da calma.
A inteligente clamídia. O sangrante convexo.
As avenidas que não se cruzam, mixam talvez.
A nudez penetrante do ritmo em todos os tons.
Eu nem sei mais ouvir as ruas sem Caetano.
Em Caetano as ruas são mais largas e lúcidas,
sem os gritos roucos dissonantes das mansões.
Sem sanfonas rítmicas e seu sexo inumano.
Como o incesto assume forma translúcida.
Ouço os gritos loucos dedilhados por safanões.
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