Saudade VIII

A saudade é um rio que não corre,

Estático em seu leito tal lagoa,

Não se mexe, não treme, não escoa,

Mas que a sente treme, mexe e morre.

É uma dor da qual nada nos socorre,

Sem hora pra atacar, sempre magoa,

O juízo da gente até destoa,

E um frio pranto pela face escoa.

Quantas lívidas lágrimas roladas,

Pelas minhas lithosas e enrugadas

Faces, em pleno ardor da mocidade.

É o constrangimento da distância,

Que me persegue desde a infância,

Levando-me a sofrer de ansiedade.

Aracaju Sergipe, 26/ 03/2016

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 26/03/2016
Reeditado em 26/03/2016
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