Verônica
Verônica
Tão fina mulher, d’alma donairosa,
Donde emana profusa e fina luz,
Numa essência divina reproduz
E propaga o perfume coma a rosa.
Santa és, que pela via dolorosa,
Limpou o sangue do rosto de Jesus,
Revelando o Sudário que introduz
Esperança a nossa alma rancorosa.
Ao contrário de ti doce Verônica,
Que a face do inocente enxugaste,
Escrevendo assim tão bela crônica.
Eu só vejo a mim, sou cruel Narciso,
Implementando sangue, dor, desgaste,
Em rosto donde dantes havia riso.
Aracaju Sergipe, 28/ 02/ 2016