Andarilho
Esta minha pobre alma “viajeira”,
Prospectando crateras de vulcões,
Escondidas em tantos corações,
Vive a perambular a noite inteira.
Em muitas enterrei minha caveira
Suada com tacanhas abluções,
Lavando pelo avesso as emoções
E outras tantas surradas na canseira.
Vagando por inóspitos desertos,
Qual sonâmbulo em pé d’olhos abertos,
A recitar antífonas malditas.
Retorno quase sempre ao primo passo.
Após vagar doente e o corpo lasso,
Ruminando as desgraças adstritas
Aracaju Sergipe, 30/ 01/ 2016