Relâmpagos no sertão
Quando o relâmpago alumiar nossa terra
Que outrora do verde já se despiu
E sob aplausos do sol desfilando se exibiu
Com um sorriso tímido no canto da serra
E como num flash da câmara lá do céu
Querendo retrata as coisas aqui de baixo
De folhas secas enchendo os rachões do riacho
Que bem parece imitar um favo de mel
E o trovão imponente com seu ronco anunciando
O mais belo espetáculo que a natureza oferece
E com seus tantos pingos vai pingando
E o coração da plateia de nordestino umedece
Que logo a roça da esperança vai capinando
De braços ao alto pousa e a Deus agradece