OS MARES

Ah, quem dera, navegar em tuas águas,

Ó Tejo, de minha terra!, conhecer novos

Mundos, atravessando mares e fráguas,

Riquezas incomensuráveis, outros povos.

Ir por esses oceanos afora, descobrindo

Novos costumes, outras línguas a varar.

E quando o gentio, de sua tez sorrindo,

Viesse ao meu encontro, a me mostrar

Sua parcimónia, haveria de me parecer

Com ele, e, entrando na dança frenética,

Com panos me vestiria, pra não ofender.

E dançando toda a noite, aos ritos tribais

Me entregaria, com toda a sua fonética,

Ao encontro dos meus citadinos umbrais.

Jorge Humberto

01/07/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 03/07/2007
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