MARES DE OUTRORA

Na perfeição dos dias imperfeitos

Vislumbro ao longe o rio em sua vastidão,

Parece-se com lustres ou meigos leitos

Onde vou deitar incólume minha razão.

E descendo sobre mim o fútil pensamento,

Das horas acordado em que me perco,

Vejo luas e dos planetas o complemento

Quando giram sobre mim aqui por perto.

Pensar é nada e a razão sem fundamento

Anda de olhos fechados, tributando

À alma subtil todo o seu discernimento.

Mares de outrora, gavinhas e assunções,

Ainda hoje as vejo ao longe lutando,

Por uma despedida cheia de emoções.

Jorge Humberto

28/06/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 29/06/2007
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