NA CALADA DA MADRUGADA

A noite chega como restos diurnos,

Que na madrugada vão deixar

O rocio da manhã, nos punhos

Cristalinos das águas a reverberar.

Estranha flama desce sobre mim,

Que os espelhos de água acetinam,

São rosas, malmequeres ou jasmim

Pássaros de fogo que ainda trinam

Celebrações mil de mil seduções,

Na folhagem ondulante ou na aragem

Aparente, tingindo o ar de canções.

Ah, que todos os ventos de suão,

Tenham aqui a sua amaragem

E que bata forte o meu coração.

Jorge Humberto

26/06/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 28/06/2007
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