NA CALADA DA MADRUGADA
A noite chega como restos diurnos,
Que na madrugada vão deixar
O rocio da manhã, nos punhos
Cristalinos das águas a reverberar.
Estranha flama desce sobre mim,
Que os espelhos de água acetinam,
São rosas, malmequeres ou jasmim
Pássaros de fogo que ainda trinam
Celebrações mil de mil seduções,
Na folhagem ondulante ou na aragem
Aparente, tingindo o ar de canções.
Ah, que todos os ventos de suão,
Tenham aqui a sua amaragem
E que bata forte o meu coração.
Jorge Humberto
26/06/07