POETA CASTRADO… NÃO!
Podem chamar-me de louco, insano,
Calhorda, escroque, prostituta, ladrão,
Tudo o que faço, faço-o porque amo,
E não me omito da minha condição.
Podem chamar-me de velhaco, pueril,
Vendilhão, iletrado, apolítico ou cabrão,
Que embora pareça não estou senil
E não renego nunca o meu coração.
Podem chamar-me de tudo, ilustração,
Indigente, falsete, misantropo, joguete,
Um inerme nas mãos desta gente,
Que toma-me por parvo sem rendição,
Pois, quando o poeta ama, não tem
Senão, e é de todos e de mais alguém.
Jorge Humberto
20/06/07