POETA CASTRADO… NÃO!

Podem chamar-me de louco, insano,

Calhorda, escroque, prostituta, ladrão,

Tudo o que faço, faço-o porque amo,

E não me omito da minha condição.

Podem chamar-me de velhaco, pueril,

Vendilhão, iletrado, apolítico ou cabrão,

Que embora pareça não estou senil

E não renego nunca o meu coração.

Podem chamar-me de tudo, ilustração,

Indigente, falsete, misantropo, joguete,

Um inerme nas mãos desta gente,

Que toma-me por parvo sem rendição,

Pois, quando o poeta ama, não tem

Senão, e é de todos e de mais alguém.

Jorge Humberto

20/06/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 21/06/2007
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