De Gregório a Vinícius, o amor é.
Eu daria ao amor nenhum finalmente,
nem o embaraço de pernas do gregório,
Nem tanto do Vinícius, seja imortal
ou dure a brevidade de uma chama.
Diria que o amor sempre inicialmente,
é dos seres, o penetrar-se inglório,
e tanto da chama em seco matagal,
a infinitude do desejo que se ama.
Ainda que em xeque o boca maldita,
maldiga-me também o poetinha,
por contrariar-lhes a festa.
Amor é coisa, em si mesma, bendita
quando penetra-se e se aninha
e traduz-se em tudo que nos resta.