De Gregório a Vinícius, o amor é.

Eu daria ao amor nenhum finalmente,

nem o embaraço de pernas do gregório,

Nem tanto do Vinícius, seja imortal

ou dure a brevidade de uma chama.

Diria que o amor sempre inicialmente,

é dos seres, o penetrar-se inglório,

e tanto da chama em seco matagal,

a infinitude do desejo que se ama.

Ainda que em xeque o boca maldita,

maldiga-me também o poetinha,

por contrariar-lhes a festa.

Amor é coisa, em si mesma, bendita

quando penetra-se e se aninha

e traduz-se em tudo que nos resta.

Pedro Aldair
Enviado por Pedro Aldair em 31/07/2015
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