“FOME DE VOCÊ”
Na mira de teus olhos minha vontade se liberta
Na distância, de saudade, minh’alma se aprisiona
Nessa ânsia, de verdade, nenhuma reza funciona
Sem a tua tempestade, meu corpo se não desperta
Meu sonho se condiciona, se priva da liberdade
De dizer no teu ouvido, de ouvir o teu gemido
De perder o teu sentido, de suprir tua libido
De ganhar, por merecido, teu ar de saciedade
Sem prazo de validade, cobrar o tempo perdido
Direito de ser mordido, sem dó e nem piedade
Sorver o sonho servido, alerto, dentro de mim...
Baixar à realidade, de mérito então prometido
De tanto que foi querido, tamanha veracidade
Que o sonho a ser vivido, ao certo, será assim...
Ah, Ludy!, como é lancinante a dor de tua ausência....