SIMPLICIDADE
Legaram-me um castelo, uma riqueza,
Uma fazenda inteira, uma boiada...
Mas dispensei e não fiquei com nada,
Desfrutando o pão seco da pobreza...
Eu sou sozinho, durmo em uma cama
De solteiro, com fino cobertor.
Não preciso de nada, além de amor!
Não preciso pisar em chão de grama!
Eu vivo a minha vida, e o que me basta
É ter a paz, que o dinheiro me arrasta
Ao me trazer boletos pra pagar.
Não tenho nada, e, pois, eu nada devo!
Só possuo a caneta, com que escrevo,
E um casebre velho pra morar!