SEM NADA
SEM NADA
E então pobre senhor vivente,
se é assim que se há de fazer?
Sem pessimismo siga em frente,
adiante encontrará seu fenecer.
E seu dito será então o não dito,
e a sua mentira será a verdade...
tão falsa e fugaz como o infinito,
o falso grito da própria maldade!
E então, pobre deus de espelho,
se é assim que se há de fazer?
O seu caminho é abissal e velho!
Sua voz será o silêncio a perdurar,
no eterno vão de perdidos anseios.
Irá como chegou... sem nada levar!