A Dor II
A dor que corta a carne é suportável
Na medida das forças existentes,
Nenhuma dor supera a dor de dentes,
Mas a dor que corta a alma é insuperável.
A dor da traição é inominável,
Mata de medo a bote das serpentes,
Baco, o helênico deus das aguardentes,
Por culpa sua ninguém será estável.
Dói a discórdia, dói separação,
Também dói a injustiça e a ingratidão,
Algumas vezes doi tanto a verdade...
Dói a perda, a paixão, o desespero,
A ilusão dói e dói a falta de esmero,
Mas nada é tão ruim quanto a saudade.
Aracaju, 21/ 06/ 2015