DO LADO DE FORA DO VENTO
Um dia, ainda não repleto, de junho
Contempla-me, do alto, indiferente
Sem qualquer sinal de carinho
Ao meio-dia, de sol quase forte.
O cara que caminha ao sol
Será o mesmo que no outono passado
Esperava pelo inverno e seu frio frágil
Em um quarto com livros, pouco iluminado?
Mesmo assim, as pessoas que passam
Reparam na criatura, com alguma atenção
Barba irregular, como os que nunca a fazem.
Enquanto do lado de fora do vento
Longe, longe, de parecer um furacão
Escorre a vida, o tráfego e o tempo. . .
- por JL Semeador de Poesias, em 11/06/2015 -