Namorando uma cabôca do sertão
Como uma pratada de caldo de feijão
Pra ajudar no assassinato da fome
Daqueles que nem mesmo tem um nome
Mas nunca deixaram de ter paixão
E contrariando a fragilidade que os consome
Encontra no amor a mais linda perfeição
Nos braços das Letícias, Larissas, Conceição
Dedica-se a presenteá-la com seu sobrenome
E assim sonha com sua linda no roçado
Com o cabo da enxada em suas mãos
Vendo o seu rosto em cada pé de milho xaxado
Assim são os José, os Andrés e os Joãos
Muito felizes nos dias dos namorados
Por namorarem uma linda cabôca do sertão