Mar
Já não sei mais se o mar se vai ou se ele volta
Nas ondas que me trazem mas que depois me levam
Para perto, para longe, onde enfim se afogam
As minhas esperanças e toda esta minha revolta
No mar revolto em tanta dor que não se passa
Se te vejo nos meus sonhos que, sofridos, então chamam
Teus clamores de amor porque tanto sonham
Em tanto desamor, na vontade ser amada
Por mim que te chama todo dia desta vida
E a cada girar do relógio te espera
No afã de te encontrar de teus medos tão despida,
E dar-te este amor que a cada dia se esmera
Em fazer-te mais feliz, embora assim sofrida,
Minha vida ser mais tua, dar-te mais do que já dera...