HOJE E AMANHÃ, RAZÃO DE MEU VIVER!
Tempos meus, que são tempos no porvir
hão-de estas minhas mãos quere-los aqui:
e de ora em diante sentir que os vivi:
com uma força tal que só tem o que há-de vir.
E o que vier desta forma será tudo a existir:
arcos, flechas, terras semeadas, além e ali;
novas invenções; altas gruas, outras casas aqui;
e ora nós e nós em todos e extensos jardins, a florir.
Ah, querem-nos presos, às correntes do passado!
Que a mentira, dita muitas vezes - vezes demais -,
torna-se na verdade, de quem mente, em demasiado.
Por isso, eu digo, há um caminho, que se quer desejado!
E o que é de hoje e de amanhã – e mais e mais -,
espera-nos mais à frente, há espera de ser ultrapassado.
Jorge Humberto
06/03/15