Aurora
Se o meu amor é mais forte que o despertar
Da aurora que chega em tamanha escuridão,
O que se dirá das horas incertas, tristonhas
Que se achega o coração por quem vive a chorar?
E se este amor é puro e doce e vívido em si,
Mas sofre a cada tarde se este sol a se esconder
Leva consigo a ti e assim me deixa por tão só
Nesta dor crepuscular em meu peito fenecer...
Eras tu, ó Aurora, pois me vieste visitar,
Mas depois tu me deixaste junto a meu pranto,
Junto a mim mesmo, perdido, cálido, sôfrego,
Pois tu foste deste peito, assim, a me deixar,
Enquanto a luz do dia esvaia-se no vento,
Enquanto minha vida implorava te encontrar...