Foto: Feitosa dos Santos

O desbotar dos nomes
 
Maria Joana, Beatriz, Bianca ou Manu,
Hoje, pois, já não me soam familiares,
Nomes que o tempo os levou de mim,
Deixando apenas perfumes pelos ares.
 
Pergunto a mim mesmo: o seu nome?
Vasculho recônditos na reminiscência,
Sequer encontro eu uma janela aberta,
Incompreensível é, tamanha carência.
 
Ficou a dor deixada e invisíveis amores,
Nomes que se foram no tempo, ao léu,
Deixam o jardim sem perfumes e flores,
 
Quando nos escombros de uma tarde,
Olhares as nuvens sob o azul do céu,
Sentirás a brisa, suaves e doces olores.
 
Rio, 21/01/2015
Feitosa dos Santos