És vil.

Quando nasceste para o mundo,

o mundo bem que podia tê-la esperado,

mas agoniado e um tanto vagabundo

teimou em rodar sobre si, desesperado.

De rodopios embriagados a seco

e de alguns gritos soltos sem eco,

entre páginas de um mundo travesso,

surges bêbada, revelando teu avesso.

Desnudas, à força de máscaras,

tua alma, tua natureza e tua dor.

Desnudas, ainda que não às claras,

tua vida um frívolo e alegre turpor.

És de ruborizar em clara decisão

És de ignorar em definida cisão.

ou de emocionar qualquer razão.

Em dias que guardas tua embriaguez;

Em dias que se questionam teu nascer,

careces nascer, e retontear-se outra vez.