FLOR AMBULANTE
Certo dia num mercado dos amores,
sonhava alguém comprar felicidade.
Mãos vazias ele voltou, que maldade,
a sua alma era plena... Só de dores.
No mercado dos amores viu de tudo.
Nas vitrines as promessas de carícias.
Nas bancas, juras vazias de conteúdo,
as gôndolas plenas de todas malícias.
Triste voltou; coração e mãos vazias.
Outro mercado livre de utopias ansiou,
sem vãs ofertas de falsas mercadorias.
E vagando pelas ruas finalmente achou.
Fora do mercado, na cesta ambulante;
a linda flor - o coração da sua amante.