O FILHO QUE ME MENTISTE
E é uma sonolência mais ainda uma tortura
Que me prende a vontade e traz-me a inércia
Sempre com sabor agridoce à clausura
Que me nasce na alma em prol de uma dormência
Que teima em sorrir como se eu fosse nada
E tivesse presente a dor de dar à luz
Sem a alegria de ver meu filho ser a escada
Que fosse singrando a horizonte na contraluz
Ditando-me o sonho embargado apertado por grilhões
Fazendo-me tropeçar a cada recanto
Aonde hoje Já não chego nem tenho acalanto
Jamais esse filho será o nosso - feito devoções
Tantas vezes sonhado até ao dia em que me deixaste
E eu assim e tu… que nem uma só lágrima entornaste.
Jorge Humberto
22/12/14