Dançar no ar
Nesses cascalhos, dancei descalço,
mas nada de correr desesperado.
À força, há que se firmar o passo
sem ferir-se ou ser derrubado.
Mais duro é escorregar sozinho
entre pedras ásperas a cortar,
sem jornada, parando caminho,
em um desespero a contornar...
Que risco deslizar seus pés!
Que laço poderá prender-se
quando à sorte, um revés?
Que palmas cortadas já foram
para a pele e corpo, mimos...
Mel que colmeias azedaram.