LAVADEIRAS

Seguindo como formigas em fila indiana

Com Trocha, baldes, bacias e cacete.

Quarenta e farinha pro banquete

Na mochila das Marias e das Damiana

O percurso ditado pela madrugada

Aproveitando-se da frieza do sertão

O dono do açude entende a situação

Das roupas que precisam ser lavadas

Do batedor se cadencia alguns gritos

Meninos colocam a água de galão

As senhoras tiram a sujeira com o atrito

Completando-se nessa árdua divisão

E a limpeza surge desse conflito

No esfregar das roupas com suas mãos

Lino Sapo
Enviado por Lino Sapo em 11/12/2014
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