AVISO
E se assim toda a vida passares
Levando, e trazendo, a tua mala,
Descendo com tuas roupas pela sala,
Só deixando o perfume pelos ares...
Quando voltares, oh, se me encontrares,
Não terás meu regaço, que te embala,
E nem mais minha voz, que nunca cala,
Nem minha companhia, dentre os bares.
E se, assim, ficares, sempre assim,
Haverás de não mais achar por mim,
Mesmo rodando os becos da cidade.
E se alguém te abraçar, apertar forte,
Não duvido - Oh não - que não suporte
A força que há nos braços da saudade.