LEMBRO… DE MINHA INFÂNCIA

Lembro, de minha infância, que já era adulto

Antes de ser criança. Fascinado me via,

Com o que o mundo me dava a ver – indulto

Da natureza que, presente, nada escondia.

Lembro ainda, se a memória não me atraiçoa,

Que me sentia o defensor do mais fraco –

Não cabe aqui a demérita e astuta loa,

Quando vinham até mim vítimas de maltrato.

Muitas lutas travei para defender o inerme,

Mas aqui a nada nem a ninguém deve,

Se a escolha se fez com a própria epiderme.

Hoje sigo com as mesmas convicções,

Argonauta da estratosfera, que nada teme,

Porque não entra em dúbias contradições.

Jorge Humberto

28/05/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 28/05/2007
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