VIAGEM
Na viagem que ando agora exposto
no meu barco sedento de alegria,
neste vento nostálgico de agonia
que invade o meu peito em seu desgosto.
Sinto o vento a ferir meu velho rosto
esperando em meu mar a calmaria...
Só as ondas me fazem companhia...
De absinto e vinagre eu sinto o gosto!
Já é tarde! Eu me vejo todo azedo...
Não demoro! O meu tarde é sempre cedo
na cortina da noite que é feroz!
No furor do escuro há um caminho?
Solidão me abraça e me faz ninho!
O terror do oceano é minha voz...