O que busco, enfim, dentro do meu peito?
Por que sempre essa busca me tortura?
Por que causa essa busca uma apertura
que me faz mais e mais insatisfeito?
Se introspecto a busco, em meu leito,
me imerso na mais terrível clausura:
um quadro de apavorante pintura
me expulsa... Sou invasor e suspeito!
O que busco com tanto desencanto?
E esta desilusão que me invade
será feita de cardo ou de jasmim?
Que paixão vil é esta? Que espanto!
Temo um dia encontrar esta verdade
e em lamento ter que evadir-me de mim!
in soneto BUSCA IMPLACÁVEL
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