ASTÚCIA DE POETA

Não acreditem em nada do que eu diga,

Meus versos são só esta lírica cantiga,

Que germina dentro de mim e consome,

Tudo que eu faça ou não por seu nome.

Se finjo minto, se minto me descubro

O mais astuto poeta que encubro,

Desde os confins de meu ser calado,

Até que me posicione para outro lado.

Sou poeta de antes dizer do que calar,

Não suporto a mentira nem o oculto,

De quem se compromete só de olhar.

E se olho com olhos de ouvir distante,

Torno-me por natureza tímido e culto

E sigo por aí fingindo a todo o instante.

Jorge Humberto

27/05/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 28/05/2007
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