SEMPRE
Eu sempre quis poder amar-te tanto
Sem me esconder por trás do amor que sinto,
Sem privar os impulsos meus de instinto,
Sem enxugar, deter, todo o meu pranto.
Eu sempre quis possuir o teu encanto
E desse meu querer me fiz faminto
A ponto de almejar teu ser distinto,
De transformar-te em minha voz e canto.
Eu sempre quis ser a tua alma gêmea,
E tu, dentre os felinos, minha fêmea,
E, dentre os humanos, minha rainha.
Eu sempre quis ser teu amor em Marte,
Em Júpiter, Saturno, toda parte,
E sempre quis que sempre fosses minha.