Tua varanda.
Pra não esquecer das flores em seu quintal,
juntei todo capim que podia plantar por aí,
levei os espinhos na alma, pra te livrar do mal,
mas te disse que elas já nasciam nuas, assim.
Era um sinal, um símbolo pra te falar
de um amor que de todos podia ser,
mas fui deixando a ideia me conquistar,
de que tinha de ser tudo pra você.
E fui destruindo o meu quintal,
pra desejar o teu pomar
e toda fruta que podia ver ali.
Então, não ter minha casa, nada mal.
Porque tinha tua vida pra morar,
e tua varanda já bastava pra mim.