Reencontro amargo
Pela primeira vez a desnudei,
e se me dei conta, não a vi.
Pude perceber, se bem sei,
o que me dizia não estava ali.
Tinha seu corpo nu, certo.
Mas até onde havia, faltava.
E mesmo estando tão perto,
o que havia, se afastava.
As mudanças não foram cantadas;
Os desejos, um tanto forçados,
talvez contidos por outra verdade.
Vontades dessas histórias planejadas;
Vontades de tantos sonhos contados.
mas como viver, se não há vontade?