HOMEM COMUM

Que cena bonita e idílica esta que meus

Olhos vêem. Correndo para os braços

Dos filhos pais chamam-lhes de seus,

E perdem-se entre carinhos e abraços.

Ah, não ser eu assim, e ter também alguém

A quem chamar de seu, depois de um dia

De trabalho… mas eu sou de ninguém –

Enquanto lá fora a noite prazenteira se ia.

Oh, fado meu, que me tiraste toda a alegria,

Miserável se fez o dia em que te conheci.

E o embaraço roubou-me o que se fazia,

Certo e desenvolto, quando do mais alto

De mim, para me perder no mundo parti,

Não me achando mais tomei-me de assalto.

Jorge Humberto

24/05/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 24/05/2007
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