Tempo de saudade.

Se não vivo no teu corpo nem na alma;

Se não estou no teu choro ou gargalhada;

Se a tristeza ainda por vezes me assalta

e nos rouba numa saudade descontrolada;

À minha saudade, nem o amadurecimento.

Porque meus dias só acordam por você,

já desejo uma panela para cozinhar o tempo

e comer as horas que faltam pra te ver.

Mas se os desejos se fizerem sem realizar;

se só nos sonhos os campos podem brotar;

que me flagrem mesmo acordado, a sonhar.

À minha saudade, nem dou o nascimento.

Porque almas se encontram fora do tempo

e os espaços são nossos no contratempo.

Para Alessandra Fausto.

Pedro Aldair
Enviado por Pedro Aldair em 26/08/2014
Reeditado em 26/08/2014
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