Retratos

Tenho da infância um velho retrato

Em que apareço de olhar cabisbaixo

Pareço envergonhado até mesmo acho

Que por ser humilde e morar no mato

Junto de um tio, minha irmã, meus pais

Noto aquele rosto triste de quem chora

Com a palma das mãos viradas para fora

Frente à velha casa que não existe mais

Olhando as fotos de agora eu observo

Daqueles dias só meu coração conservo

Pois, o tempo e a vida muito nos ensina

Me importo mais com outros irmãos

Depois que aprendi a elevar as mãos

Rogando a Deus e olhando para cima.

Aquinosul
Enviado por Aquinosul em 04/08/2014
Código do texto: T4908772
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