Retratos
Tenho da infância um velho retrato
Em que apareço de olhar cabisbaixo
Pareço envergonhado até mesmo acho
Que por ser humilde e morar no mato
Junto de um tio, minha irmã, meus pais
Noto aquele rosto triste de quem chora
Com a palma das mãos viradas para fora
Frente à velha casa que não existe mais
Olhando as fotos de agora eu observo
Daqueles dias só meu coração conservo
Pois, o tempo e a vida muito nos ensina
Me importo mais com outros irmãos
Depois que aprendi a elevar as mãos
Rogando a Deus e olhando para cima.