Amor

Amei-te quando tu menos merecias,

por saber que foi quando mais precisaste,

e a despeito da saudade que me deixaste,

outra vez da mesma forma te amaria.

Dei-te tudo o quanto tua ânsia queria,

além dos carinhos dos quais necessitavas,

e ainda que eu não fosse quem sonhavas,

dar-me carinhos também tu o sabias.

E quantos pensavam que só d’ilusões eu vivia,

não sabiam como eram ternos os nossos dias,

e o quanto foram aconchegantes as nossas noites!

E quando tu me deixaste – numa noite tão fria! –

meu pranto era de tristeza, e hoje é de alegria:

Dei-te amor, mesmo restando-me ventos e açoites...

JUL/2014

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 15/07/2014
Reeditado em 16/07/2014
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