Canto à espera.

À tua loucura que espera no ponto

a locomotiva desenfreada parar

e à minha secura que ouve o conto

de tua boca que parece cantarolar.

À minha loucura que passa no ponto

em que esperas seca para subir

e à tua história que parece um conto

que meus ouvidos esperam ouvir.

Enquanto esperas à toda calma,

(que te impede de ir-se embora)

embora eu não te dê um sinal.

Furto-te a seco tua louca alma

(que me pede para tomá-la agora)

enquanto espero-te no ponto final.