O Cifrão e a Roda do Tempo
Eu sou o cifrão aflitivo que te apavora,
e tu, que nunca consegues me elucidar!
Não logras o quão poderias me multiplicar.
Só minha atitude voraz já te acalora.
À noite, quando a insônia te devora,
tu em outra questão não podes pensar,
a não ser uma forma rápida de me ganhar.
_ Ordeno a ti que o faças, e agora!
E enquanto te consomes a matutar
no que farás para depressa me alcançar,
o melhor de tua vida vai-se embora...
Aquilo que eu não compro a passar,
e nem percebes o lamento da roda a girar...
Pela tua vida perdida é que ela chora!
Fev 2014