Meu falar.
Eu falarei por minha boca preferida;
por meus dedos que se agilizam
sobre teclas ou sobre papel oprimido
contra ponta suja e comprimida.
Falarei de política, amor ou de vida
quando bem me tocar, ferir ou chamar,
estarei ferindo os olhos ou ouvidos
de quem me der a atenção requerida.
Eu me mostrarei ou ao mundo
da forma que ele se mostra
ou para mim, em senso profundo.
E da forma que eu o sentir,
passarei, gritarei esse mundo
até que se faça a me ouvir.