14 de Março
Em pausa o dia esperou por teu sussurro
Silencioso quando toca a alma transparente
Falamos tudo, falamos nada, e tu, então ausente,
Simplesmente bela, e um sorriso em pranto escuro.
Na noite que se chega após a tarde alucinante
Na lembrança dos momentos no Cedro obscuro
Pois foi lá que se perdeu em incessante, infindo, choro,
O Pranto derramado, e eu, sozinho, hesitante...
Falei-te dos meus sonhos, poesias, e da busca,
Porém encontrei-te onde estava o teu mundo
E, lá, reticente, pude ver-te, simplesmente
Mas na pausa desta tarde por fim terminei sorrindo
Ao ouvir o doce canto desta voz que me ofusca
Pois és, embora tarde, um louco sonho, eternamente...
(Chove...)