Fulgente

Quem dera eu pudesse ser a lua

que vaga pelos céus em devaneio

revelando dos amantes o enleio,

iluminando os seresteiros pela rua.

Quem dera ser o lume que flutua

em místico e notívago passeio,

luzindo sobre o mundo sem receio,

poder assim alumiar a face tua.

E o rastro de luz em meu ondeio,

imanente de antiquíssima charrua,

transluzindo em tua alma airosa e nua.

Quiçá um dia essa venusta luz dilua

a timidez que m’entorpece e m’encrua

e eu possa esplender-me em teu seio.

Mar 2014

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 08/03/2014
Código do texto: T4719767
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