Tristeza Infinda
Essa tristeza, esse abismo imenso,
no qual se lançou minh’alma aflita,
vai consumindo o meu ser, que grita,
num desespero lancinante, intenso.
E nesse escuro pavoroso e denso,
nada mais há que em meu ser reflita,
nem a ilusão da alma dantes contrita,
somente o breu desse buraco imenso.
É uma tristura que me dói e me agita,
às vezes olho a escuridade, e triste penso,
que é um sonho onde meu ser dormita.
Talvez mereça eu viver essa desdita,
tal sofrer no peito abrigo, e o condenso,
para esquecer o que essa dor me dita.
Fev 2014