A Fogueira das Vaidades

Está acesa a fogueira das vaidades,
As chamas ardem, estrepitosamente,
Crepitam as fagulhas - tanto alarde! -
E o arrogante vai dormir contente.

Os corações, moldados na bondade,
Não permitem vil intento aparente,
Seguem dissimulando tal falsidade,
Vão exigindo o tributo ao inocente.

Nada escapa à dureza da maldade,
Ao oprimido ela se põe indiferente,
Mas se permite uma ou outra caridade.

E na crueza desta torpe inverdade,
Gira o mundo - incessantemente! -
Vai cozinhando-se na sua impiedade.

Jan/2014
Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 12/02/2014
Reeditado em 23/04/2016
Código do texto: T4687715
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