FALANTE MUDEZ

Este é um poema que muito fala, nada diz.

Não pretende nem mesmo as regras seguir.

Não tem rimas pobres nem as rimas ricas.

Pretende certos temas e palavras renegar.

Como ódio, vingança, terror, Poder, dor.

E as palavras tão frágeis: nunca e jamais.

Ou mesmo, tristeza, vou partir e adeus.

Incluindo, sorte, morte, frieza e maldade

Por que não, também a vazia palavra jurar.

E o termo quase sempre perjuro: eu prometo!

Como mais grave, para sempre vou te amar.

Olha que perjuro eu sou, pois estou a rimar.

Como no início prometi, agora chego ao fim,

Se nestes versos falei; fui um falante calado.

ARAKEN BRASILEIRO
Enviado por ARAKEN BRASILEIRO em 26/01/2014
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