QUANDO VIRÁS PARA ME AMAR
Quando virás lá de longe para me amar?
Quando serei teu, enfim, sem reservas?
Navego solitário e a sós neste imenso mar
Carregado pelo colo das sensuais servas,
Que Ódin fez descer à Terra para ouvir,
Os meus muitos lamentos mais grotescos.
Mas, se tudo isto, são só penas de carpir,
Acabam-se aqui os distintos parentescos.
Tão sozinho é como eu meu sinto agora,
E a minha alma contigo, enfim, namora,
Mais que tudo isto é quimera de verve…
E vou daqui para outro lugar, buscar-te…
E se quiseres saber qual o meu estandarte,
Eu sou só aquele que nada mas nada deve.
Jorge Humberto
24/04/07