Última Ilusão
Ainda me resta uma última esperança
Bem acesa no meu combalido coração,
Inda escuto a nossa boa e velha canção
A relembrar os passos daquela nossa dança...
Trago no dedo ainda a brilhante aliança
Que consagrou a nossa dulcíssima união,
E quando olho de soslaio pra minha mão
O toque de seda da tua me vem à lembrança...
Tenho ainda os pés bem firmes, girando o chão,
Vou pelas ruas a procurar-te em penosa andança
E segue minh’alma a buscar teu rosto na multidão...
Meu ser é cativo desta tão doce quão rude prisão,
Choro como um menino e sorrio qual uma criança
E o que me faz seguir é somente essa última ilusão...